quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Vazio

Enquanto só, queria o afago você me deu o que tem de pior: o nada.
Faço um esforço e ainda consigo te olhar nos olhos para indagar o porquê de tanto ar dentro dessa bolha que eu não quis me pôr.
Depois de tanto tempo, da falta da chegada, do desejo não suprido, só tenho o nada para me confortar. E pode ter certeza de que dói mais do que qualquer coisa que de fato exista.
Incolor e cheio de dor é o nada. Ele veio com um vento frio. Me arrepiou um desespero, de procurar palavras para o que não foi feito. Nada. Tão triste é o nada que nada pode fazer para deixar de ser nada.
Uma gota quente escorre sobre o meu rosto que seca com o vento frio que agora é vendaval e não suporta saber que mesmo tão carregado de ar, e infelizmente dele é feito, eu não aceite a sua grandeza de nada.
Me vejo passando a mão ao vento tentando ainda assim segurar alguma coisa qualquer a qual eu pudesse sentir, que não fosse essa dor

que o nada me causou.


Por Mayara.

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