sábado, 31 de janeiro de 2009

Dentro de mim algo gritou calado e quieto. E eu escutei.

Existe um oceano de coisas que preciso me livrar. Uma bagunça que preciso compartilhar. Despejar isso vai ser um alívio e ao mesmo tempo será perder um pouco de mim, dentre os resíduos do que faz pesar meus ombros. E ainda a cobrança de dar o que é bom em mim, me sufoca! Tira o ar puro que eu respiro com esforço. Amar a mim significa carregar um oceano, o meu.

É perigoso livrar-se do peso, já me acostumei a me equilibrar, com dores nas costas, a força contrária ao chão que deforma o meu andar. As pessoas costumam pensar, num primeiro olhar, que isso sou eu. E sou. Foi uma construção e ao longo do tempo adquiri alguns parasitas que agora me torturam impedindo que eu prossiga como sempre fiz. Agora, é hora de livrar-me do excesso de modo que continuarei a ser eu mesma, já que o livrar-me faz parte do processo da construção de mim.
Recriando-me, eu posso me dar e permitir que eu também receba, mas no momento me encontro em excesso. Grito muito, reclamo demais e isso tudo, eu sei, é um sinal mental mas também físico. O excesso não sou eu. Mas...sempre serei um oceano além da conta. O dia que eu estiver na medida, não terei muito a oferecer, serei pouca logo deixarei de ser oceano.




Por Mayara.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Não pretendo escoder-te nada, nada depois do que é amar-te. Mas as vezes amor, muitas vezes, eu mesma me perco, e como agora, perdida, não esperes de mim uma explicação convincente pois falta a mim convencimento do que quer que seja sobre nós, sobre mim... sobre eu estar com você.
Não me contento com a calmaria, não sei o que fazer com o que está parado em posição já conhecida. De silêncio me guardo. Fico sem nada. Nada para oferecer-te e talvez nem a mim mesma, perdida.
Busco a beleza, a dinâmica da paixão, os entrelaços do amor, o rosto de vontade...não vejo nada.






Por Mayara

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009


Já sentiu dor?

Mas dor de transbordar, aquela dor que, infelizmente é maior que você e nem adianta lutar contra?

Ela parece se espalhar e queimar e flutuar? que nem água...que nem água viva?!

Água porque espalha, viva porque arde

É ruim até, mas em alguns momentos você percebe que despenderia se ficasse sem..

Em uns ela dorme, em outros ela queima, cega, em outros convive pacificamente

Mas em mim, em mim, em mim... ela é.

Maíra Castor

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O que é isso que me toma
que me leva a loucuras,
que me faz ir da luxúria a qualquer outro pecado
num pulo mortal?

Pior que a loucura é o silêncio
Pior que o silêncio são palavras duras.
Eu, só sei me jogar.

porque essa calmaria fingida
de tinta escondida,
coberta de medo e covardia?

e ainda assim me conduzo à loucura
a um passo de tudo
a um degrau do fim da linha.

hora de partida chegada,
de recomeço ou nada

hora de saber que pra brincar com a loucura
tem que ter a doçura de fazer do medo a coragem para se jogar


não brinca de louco quem não ama alguém.






Por Mayara.