"Se a "verdade" fosse aquilo que posso entender - terminaria sendo apenas uma verdade pequena, do meu tamanho."
Clarice Lispector em "A paixão segundo G.H."
Por Mayara.
terça-feira, 31 de março de 2009
terça-feira, 24 de março de 2009
quinta-feira, 12 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
O mundo em um mundo
E se eu disser que já não sei mais de nada
será que as coisas ainda irão caminhar
o mundo como iria girar
para ti
e para mim
se numa esquina eu esquecer
a palavra por encanto desaparecer
será que ainda vai ser quente ou frio o olhar
eu não posso mais carregar
o peso do mundo inteiro
sem saber o porque me deram essa função
de estar no mundo e aceitar
que as coisas foram feitas para o mal
e o bem é segredo universal
escondido para ser achado
se eu me esquecer desse lapso de aguda insanidade real
como será viver pela cabeça alheia
como poderá ser não saber mais de nada
e ainda assim ter que continuar
porque ou se morre por continuar
ou por estagnar.
Por Mayara.
será que as coisas ainda irão caminhar
o mundo como iria girar
para ti
e para mim
se numa esquina eu esquecer
a palavra por encanto desaparecer
será que ainda vai ser quente ou frio o olhar
eu não posso mais carregar
o peso do mundo inteiro
sem saber o porque me deram essa função
de estar no mundo e aceitar
que as coisas foram feitas para o mal
e o bem é segredo universal
escondido para ser achado
se eu me esquecer desse lapso de aguda insanidade real
como será viver pela cabeça alheia
como poderá ser não saber mais de nada
e ainda assim ter que continuar
porque ou se morre por continuar
ou por estagnar.
Por Mayara.
segunda-feira, 2 de março de 2009
em estado de...
"Temia os dias , um atrás do outro, sem surpresas, de puro devotamento a um homem. A um homem que disporia de todas as forças da mulher para sua própria fogueira, num sacrifício sereno e inconsciente de tudo que não fosse sua própria personalidade. Era uma falsa revolta, uma tentativa de libertação que vinha sobretudo com muito medo de vitória. Procurava durante alguns dias tomar uma atitude de independência, o que só realizava com um pouco de sucesso pela manhã, quando acordava, ainda sem ter visto o homem. Bastava sua presença, apenas pressentida, para toda ela anular-se e ficar à espera. À noite, sozinha no quarto, queria-o. Todos os seus nervos, todos os seus músculos doentes. Resignou-se pois. A resignação era doce fresca. Nascera para ela."
Clarice Lispector em: Perto do coração selvagem
Por Mayara
Clarice Lispector em: Perto do coração selvagem
Por Mayara
Assinar:
Postagens (Atom)