quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Momentos.

Queria que fosse pleno, que fosse distante dos sentimentos manipuladores, distante do medo e da dor. Queria te encontrar depois que o tempo me fizesse enxergar a vida. Queria que fosse pele, que fosse intenso mas simples, que fosse porque é, e que sem esforço acontecesse.
Mas a vida nos prega peças. Te encontrei junto a um mundo de coisas que eu não sabia que existia, fui través do impulso de uma vontade abstrata tendo que aprender a te ter e principalmente a me ter nos seus braços, nos braços de alguém que eu nunca havia me imaginado ao lado.
Hoje, depois do mundo descoberto, de um novo eu, não vejo mais descobertas surpreendentes, daquelas que me assustavam. Hoje, esse amor está quieto, pensativo e calado. Como se estivesse deitado numa rede observando por quantos caminhos teve de percorrer, por quantos buracos se jogou ou caiu por pura, pura...inocência. Hoje, o querer é brando, a fala leva mais tempo antes de chegar a boca e ganhar seus ouvidos. Não sei do amanhã, e foi assim durante todo esse processo. Mas ainda quero que seja intenso, que seja pleno, distante das tolices...distante do medo! Esse é o meu desejo quanto ao que chamo de amor. Mas não tenho pressa. Tenho coragem e peito aberto. E se ainda falta descobri-lo em nós que seja verdadeiramente, amor.


Posso dizer que te amo.
E é verdade.
Sustentar isso é que não é fácil.
Mas te amo.

Há dias que te quero a todo minuto,
Há dias que quero a mim mesma e só, somente.

Me desculpe por ser rude,
mas o que tenho de amor tenho de ser-humano.

O amor tem seu tempo pra nascer,
tem seu tempo para desabrochar;
tem seu tempo para conhecer;
tem seu tempo de amadurecer;
tem seu tempo.



Por Mayara.